No fim de semana que passou a Déia veio nos visitar. Escrevi sobre isso aqui. A Déia me apresentou uma amiga dela que sabe muito de ervas e temperos e temos trocado inúmeras figurinhas: a Michele. Inclusive, ela tem um blog (link para ele) onde compartilha os seus saberes, vale a visita!
A Michele me passou um material bem bacana chamado "Buenezas de la Mesa", este material apresenta inúmeras receitas com várias Pancs. Uma beleza mesmo! Link para o pdf aqui.
Pois então, mudando um pouco de assunto, o clima primaveril tem nos visitado, trazendo um solzinho delícia para despertar as cores que estiveram hibernando nos últimos tempos. Este despertar traz consigo o crescimento das plantas e, consequentemente, da grama..... este início de parágrafo nada mais é do que um preâmbulo para afirmar: precisamos cortar a grama do jardim! Ela está alta e parece um mato! Parece simples, não?! Complicadíssimo! Quanto mais a grama cresce, mais o tal mato vira maravilhas aos meus olhos. Saio para caminhar e identifico várias plantas amadas, antes ignoradas por pura ignorância. Como cortar essas queridas?
Faz dias que observo um matinho de dente de leão nascendo em frente a porta da área de serviço. ontem tirei algumas fotos deste matinho, já sabendo que em breve as flores abririam em sol maior. O tal breve foi mais rápido do que eu imaginava. O sol quente iluminado nos brindou com um mar de flores amarelinhas. Lindas!
Aproveitei estas flores e fiz uma receita de mel de dente de leão adaptada do Buenezas e outras que peguei na internet. Achei que a do Buenezes leva muito açúcar, trabalhei com um pouco menos. O resultado foi um mel super aromático (que deixou a casa toda cheirosa), suave e bem doce. Ele está no pote esfriando e já estou imaginado ele por cima de uma fatia de bolo de fubá.
Que tal o mato em frente a nossa casa? Aí costumava ser um barranco de grama onde apenas alguns brotos de bambus abriam caminho (e depois eram cortados para virar comida da Ming Ao). hoje os brotos estão escondidos.
Os ingredientes da receita que fiz são:
600ml litro de flores - medi na jarra de vidro de medir liquidos (daqui do sítio)
01 limão em fatias - usei um limão bergamota (daqui do sítio)
750 ml de água
500 gr de açúcar - usei cristal biodinâmico da native
1/2 fava de baunilha - achei uma receita que levava sementes de meia fava de baunilha, como amo baunilha e usá-la é sempre um prazer, resolvi aderir a dica. Porém, eu não tinha fava de baunilha fechada. Tenho um pote com açúcar que, quando uso uma fava, deixou a casca secar e coloco dentro deste pote, assim, sempre tenho açúcar de baunilha em casa. Sendo assim, roubei meia fava de dentro deste pote. E posso garantir que fizeram seu papel!
Deve-se lavar as flores e levar em uma panela com a água e o limão até ferver. Assim que ferver, tampar a panela, baixar o fogo de deixar cozinhar por 20 minutos.
Depois dos 20 minutos, coar o chá que se forma, lavar a panela e voltar ao fogo brando com a fava e o açúcar por mais uma hora (aproximadamente). Não sei exatamente como achar o ponto, nem se o meu ficou no ponto, mas coloquei algumas gotas em um prato, ao esfriarem, ficaram levemente espessas.
Aqui o vidro com o mel, esta receita rendeu exatamente este vidro. Lembrando que o vidro foi esterilizado antes de ser usado, conforme já falei aqui.
Depois colocarei o parecer do mel frio, mas já adianto que acho que é possível fazê-lo com um pouco menos de açúcar. De qualquer forma, é uma delícia!
4 comentários:
Que lindooo que ficou! Quase deu p sentir o cheirinho daqui! vou te propor uma coisa p deixar o mel ainda mais nosso, mais regional: que tal trocar essa baunilha pela nossa fava tonka (cumaru)? aposto que vai ficar ainda mais perfumado (e um quaquilhão de reais mais barato!)
Michele, obrigada pela sugestão. Já li sobre a fava tonka no come-se, mas nunca usei. Onde é possível adquirir? Vou experimentar.
Apenas como informação, a baunilha que uso é da Valeso, produzida no Brasil de forma ecológica e sustentável.... ela não vem de madagascar... :). estive atrás da orquídea da baunilha, mas dizem que aqui não sul não é possível cultivá-la, em função do frio :( Mas ainda tentarei, está nas minhas listas de pendências!
Paula
Adorei a sua sugestão da garimpagem em cemitério de azulejos para usar na sua cozinha!
Acompanho seus projetos desde a Comunidade Decoração Sem Mistério. Tudo tão criativo, lindo e acessível.
Imagino o quanto seja ocupada, mas ficaria muito feliz se pudesse me enviar fotos da decoração da sua casa para publicar no Casa Com Decoração. Tenho certeza que vai inspirar outras pessoas também.beijos
Regiane
Priya é possível sim cultivar baunilha no sul. Um amigo (natural do Pará) cultiva aqui em Porto Alegre. Até me ofertou uma muda. Tó torcendo prá pegar.
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