Nossa colheita de ontem foi tão linda, tão linda que me trouxe um texto de presente! Quando coloco em uma bacia os tomates italianos, paulistas, gaúchos colhidos juntos e me divirto com os pepinos de cores, tamanhos, formas e sabores distintos – muitos dos quais eu nem conhecia – me pergunto: Por que as gôndolas dos supermercados são tão entediantes?
Essa pergunta vai bem além dos tomates e pepinos. Para mim, ela mostra como funciona a mente humana, procurando sempre a homogeneização/padronização... é confortável! É seguro! Vemos isso no leite, criando um produto nocivo. Vemos isso nos uniformes escolares e método educacional. Vemos isso nos processos industriais. Vemos isso nos condomínios residenciais. Nada além da representação do padrão medíocre da mente. Se olharmos para os padrões naturais, eles são infinitamente mais criativos e abundantes! Por que nos acomodamos com tão pouco? Segurança? Medo? Comodidade? Será que é a tentativa de conter no quadradinho restrito do mundo mental o que não é alcançável pelo quadradinho?
Li recentemente a seguinte frase: A normalidade é estéril! Traduzo normalidade como padronização, esses processos infertilizam as coisas, inclusive nós mesmos. Faz do ser humano seres normóticos! E essa normose tem se espalhado de forma irrestrita, viral, sem controle nenhum! E a diversidade vai ficando cada vez mais indesejável...
Antídoto para isso? Colher tomates e pepinos numa horta sem nenhuma padronização! Abundância!
Esse post foi reapresentado um ano depois. Link aqui.
0 comentários:
Postar um comentário
Este é um ambiente aberto ao compartilhar, sinta-se a vontade em deixar suas palavras.