Muitos assuntos para um dia só. Abundância! Abundância no Arupa! Formas nascendo no "aforma", arupa (que significa ausência de forma em sânscrito).
Começo com a bardana: amada e gestada bardana, desde... 1995! Ui! Isso mesmo. Em 1995 fiz o curso de cozinha japonesa no Centro de Cultura Japonesa da PUC. Foi um curso muito bacana de 06 meses com o Kimura, proprietário de uma loja de produtos japoneses no centro de Porto Alegre. Durante o curso, ele nos ensinou uma receita que até hoje é uma das minhas preferidas: Kimpira-Gobô. Gobô é a Bardana, uma planta parente do Ruibarbo que tem folhas e raízes comestíveis. No caso da receita, o uso é da raiz.
Plantamos várias sementes no chão, 05 pés vingaram, aqui coloquei foto de dois pés. Essas bardanas estão começando a florescer e servirão para gerar sementes para uma próxima safra. Resolvi colher um dos pés e usar na cozinha. Foi super difícil de desenterrá-la e, como as cenouras plantadas em solo duro, ficou com a raiz esturricada, encolhida. Para a próxima safra, já aprendemos, plantaremos uma a uma em canos ou sacos que colocaremos dentro de uma caixa. Aí elas terão condições de crescer melhor.
De qualquer forma é bardana, tem gosto e textura de bardana e principalmente o cheiro da bardana. Amo!! Cheiro terroso, sem igual!
Fiz a receita do kimpira gobô, só que acrescentei o bifum (macarrão de arroz). De acompanhamento, salada de folhas, flores, pêssego recém colhido em lascas, gorgonzola e mel de dente de leão.
Bifum com Kimpira Gobô
200 gr de bifum cozido por 03 minutos em água fervendo, escorrido e passado por água fria (de uma loja de produtos naturais, mas tem no supermercado)
130 gr de Bardana picada (daqui do sítio - Êba!!)
01 cenoura picada (daqui do sítio)
01 colh de sopa de saquê (do supermercado)
100 ml de Shoyu orgânico (da feira ecológica)
06 colh de sopa de gergelim tostado em frigideira (do mercado público)
01 colh de açúcar mascavo (do supermercado)
02 pimentas dedo de moça sem sementes picadinha (daqui do sítio)
02 colh de sopa de ghee (daqui do sítio)
Cortar a bardana e deixar de molho em água fria por 30 minutos para tirar o amargor. Refogar a bardana e a cenoura no Ghee. Acrescentar o saquê, o açúcar e a pimenta. Colocar o shoyu e o gergelim. Deixar ferver uns dois minutos e colocar o bifum, cuidando para que o shoyu se misture bem.
Para completar o banquete, fiz um sorvete de chocolate perfeito! Perfeito mesmo! O Deva estava me atucanando, pois é o preferido dele! A vontade é de sair fazendo sorvetes de sabores inusitados, mas acho que o chocolate (assim como o de baunilha) é o teste de verdade. Acertando esses, o resto vem...:)
Sorvete de chocolate
350 ml de leite (daqui do sítio)
300 gr de nata (do supermercado)
250 gr de chocolate meio amargo (do supermercado)
1/2 xícara de açúcar cristal orgânico (do supermercado)
01 pitada de sal marinho (da feira ecológica)
Misturar o leite, a nata, o açúcar e o sal e levar ao fogo para ferver. Enquanto isso, triturar o chocolate no processador. Quando a mistura de leite ferver, colocar uma xícara desta mistura junto ao chocolate e pulsar. Criará um creme de chocolate. Acrescentar este creme ao restante da mistura, mexendo com uma espátula até ficar bem homogêneo. Levar a geladeira por 24 horas. Bater na sorveteira conforme instruções da marca e levar para o congelador.
Eu finalizei ontem de tarde e hoje ele está com a cremosidade perfeita de um sorvete. Segundo o Deva, está melhor que haagen-dazs. :) Servi com uma farofa de nozes e calda picante de amoras. Delícia!
Bom, para finalizar o post da abundância de formas coloco fotos da colheita de pêssego (amanhã teremos pêssego em calda) e da bardana recém colhida!
2 comentários:
fiquei muda!
Ah, não fica muda não... quero ouvir tua voz... hehehe beijokas
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