Escrevi recentemente sobre a abundância e não falei em beleza no texto. Sinto-me hoje um pouco injusta com a beleza... :)
No dicionário Aurélio Belo é definido como: “adj. Que tem forma ou aparência agradável, perfeita, harmoniosa.”
Agradável, perfeito e harmonioso são conceitos subjetivos e, exatamente por isso, individuais. Mas tenho a sensação que quando a beleza vem da abundância, vem do que nos é dado constantemente, é unânime!
Assim vejo as flores na primavera: a beleza, o luxo e a abundância expressados a cada canto. As paineiras floridas, os Ipês, os Lírios, as rosas, as Margaridas. As outras estações são abundantes e belas, mas nenhuma tão assanhada como a primavera, nem mesmo o verão. Aprendemos que o verão era o tempo de praia, das férias, do carnaval, dos amores... Como os humanos podem se enganar tanto? O tempo dos amores é a primavera! Os pássaros fazem a festa (e muitos são devorados pelo meio do caminho); as abelhas vão de flor em flor, com uma capacidade de ter amantes incontáveis em apenas um dia. Na primavera, tudo é caso de amor e brincadeira!
Temos um jardim aqui em casa que é o desespero dos paisagistas, pois não temos nenhum cuidado em manter as linhas ditas pelos almanaques. Nosso paisagismo se baseia em “o que nasce, fica”! Nosso modelo de jardim é ‘vida acontecendo’ e convivemos com todas as formas. As orquídeas cabem da mesma forma que as margaridas, da mesma forma que os agapantos, e os lírios e a serralhinha! E a cada primavera temos flores que são herança da Fani (antiga proprietária do sítio) e flores novas trazidas pelo vento, pássaros, abelhas... Por falar em Fani, ela nos deixou de presente inúmeras maravilhas neste espaço... entre elas, amo as roseiras silvestres!
Não sei para que tantas palavras?! As fotos dizem muito mais!
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