Hoje recebi um e-mail com um texto sobre a questão da China e os impactos que teremos ao consumirmos produtos fabricados na China. Essa questão vai além da China, para mim, o foco é anterior: o consumo!
Como o Brasil está com os olhos no Complexo do Alemão, RJ, a questão ‘consumo de drogas’ está evidenciada nos últimos dias. Muitas pessoas destacam a responsabilidade dos usuários/consumidores de drogas na manutenção desta situação.
A partir destes dois pontos, nasceu (em uma conversa na mesa do almoço) uma analogia bem interessante: drogas = inutilidades diversas e consumidor = consumidor!
Você sabe quais os impactos econômicos, sociais e ambientais por trás dos produtos consumidos mundo a fora? Você sabe os impactos de comprar o alho da gôndola do supermercado (provavelmente Chinês)? Você entende a conta matemática de uma geração chinesa de 2 bilhões de pessoas trabalhando e guardando esse dinheiro? Qual deverá ser o perfil da próxima geração? O que acontecerá quando esse dinheiro for colocado para rodar? Você entende o que acontece com os nossos produtores locais quando consumimos produtos de fora?
Parece que lidamos com dois tipos de droga: uma vem do morro e a outra vem do shopping! Este assunto é um tanto polêmico, já que falo de drogas lícitas que recebem espaço na mídia e são bem-vindas nas casas dos consumidores, uma geração viciada em inutilidades. Lembro-me de quando era criança que um pacote de figurinhas de álbum era um sonho de consumo. Inicio escolar e material escolar eram uma emoção... ah, as canetinhas novas e funcionando! Hoje esses itens são obrigação e a diversão se tornou instantânea e dependente de novas inutilidades para gerarem novas emoções. Ter muitos sapatos passou a ser atributo feminino! Roupas de moda mudam a cada estação!
Não pretendo aqui ditar nada de certo e errado, mas uso essa analogia para lançar o questionamento e cada um sabe de si! Assim como os drogaditos... :)
Lanço o convite para que cada um possa olhar para o que significa consumo ético para si!
Para mim, consumo ético implica em dois itens: quantidade e qualidade! Primeiro, diminuir radicalmente o consumo e segundo, saber em qual cadeia o produto está inserido (quais os impactos dessa cadeia: econômicos, sociais e ambientais, quais externalidades não estão contempladas no preço). Faço essa análise para cada produto que pego na mão e avalio sua real necessidade. A maioria dos itens acaba voltando para as prateleiras... os que consumo, me disponho a pagar mais pela sua ética! Simples assim! Pero radical! Assumo minha responsabilidade como consumidora... de drogas!
0 comentários:
Postar um comentário
Este é um ambiente aberto ao compartilhar, sinta-se a vontade em deixar suas palavras.